holofote • valéria scornaienchi

Por Camila Marchiori

Publicado em 27 de Outubro de 2021

Dos caminhos por onde passa, dos deslocamentos diários, há a busca incessante do olhar atento. Percepção que está fora dos automatismos do cotidiano, mas que está imbuída na investigação de Valéria Scornaienchi. Voltada para uma prática que busca constantemente criar novas relações entre a coleta, caminhada e o ambiente, suas obras tornam-se elementos de conexão para se encontrar e se afirmar perante o mundo contemporâneo e sua própria ancestralidade.

Selecionando e reordenando seus achados, entre minerais, vegetais e animais, seu processo permeia o colecionismo, redefinindo seus valores e funções objetivas para se posicionarem como disparadores entre o espectador que os olha e um leque de possibilidades e de camadas temporais. A função dessa coleção de catados é permitir aos objetos que os compõem desempenhar o papel de mediadores entre os espectadores e o mundo invisível.

Este mundo invisível pode compreender desde lugares onde se encontram o passado objetivo, um passado imaginado, uma lembrança pessoal, e a própria compreensão cíclica da efemeridade. Entre desenhos, escrita, projeções, instalações e livros de artista, a experiência de campo e a prática em ateliê materializam-se em linhas subjetivas que expandem para além do próprio suporte bidimensional do papel, ligando tanto ao corpo da artista, quanto ao objeto e o espaço/tempo.

• Registro de processo em ateliê | 2021

• Registro de processo, composição de mesa | 2021 • Ordenação de coleção | 2021

• Gavetas | 2021

• Registro Livro de artista | 2021

• Desenhos | 2021

• Registro de experimentação de desenho | 2021

• Registro de processo, composição de mesa | 2021

• Registro de composição com pedra | 2020

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